A
tecnologia já é algo totalmente incorporado as nossas vidas, seja através de
equipamentos de ponta, como smartphones, TV inteligentes ou automóveis, como através
de inúmeros programas (Softwares e Apps) que facilitam nossas rotinas diárias,
desde o momento escolhermos uma simples comida para entrega em nossas casas, programas
que nos ajudam com nossas atividades físicas, ou quando interagimos on-line compartilhando
um pouco de nossas vidas e pensamentos com milhões de pessoas em nossas redes
sociais, ou também no dia a dia de nossas empresas com uso de softwares de
cálculo, comunicação, ou até planilhas que criamos com finalidades especificas.
Em suma, em nossa época podemos dizer que somos pessoas privilegiadas por viver
e lidar com tudo isto, pois chegamos a exemplos, onde é possível planejar,
executar tarefas, a partir de poucos toques em nosso celular.
Entretanto,
assim como a tecnologia pode nos ajudar, ela também pode acelerar erros de
âmbito profissional, quando não conhecemos conceitos, princípios as práticas
corretas.
Tomamos
como exemplo um dos softwares mais usados na gestão de projetos, o MSProject.
Tal software, nos permite, além de muitas outras funcionalidades, consolidar um
grande planejamento do tempo e custos, com ótimos recursos para o controle de
ambos, porém o mesmo se baseia em vários conceitos iniciais para montagem do
planejamento, tais como: conhecimento de conceitos de dependências,
paralelismo, compressão, espera, determinação de atividades, conhecimento de
produtividade, recursos, custos unitários ou globais, etc. Ou seja, a operação
do mesmo não se baseia apenas em conhecer o ícones, ou onde devemos clicar e
acreditar que o programa faz todo o resto.
Assim
como este, temos muitos outros exemplos, onde a falta de domínio dos conceitos
básicos pode nos conduzir tanto a erros de ordem individual, como também a uma
situação de propagação dos erros através da nossa falta de conhecimentos
básicos na operação de ferramentas o que pode vir a prejudicar muitas áreas e
pessoas.
Ricardo
Vargas frisa este assunto muito bem em um dos seus Podcasts, https://ricardo-vargas.com/pt/podcasts/whenimplswtools/ quando diz: A planilha eletrônica para quem
não conhece a matemática, pode ser um propagador da bobagem”.
O
objetivo obviamente não é realizar críticas a nenhum programa ou ferramenta,
mas sim destacar que este é um artificio para tornar nosso trabalho mais ágil e
estruturado, mas que deve sempre estar amparado pelo conhecimento básico, e não
na ilusão que agora que temos um software, seremos melhores e conseguiremos
concluir nossas atividades ou até mesmo projetos, dentro do planejamento
imaginado. Ainda é fácil nos deparamos com profissionais que acreditam que só
com a inclusão de informações em um programa estão fazendo a gestão do projeto.
Gosto
de usar um exemplo de sala de aula e também tomar ele como referência pessoal,
onde quando trabalhamos com alunos e/ou profissionais com os conceitos e a base
em primeiro lugar, estamos colocando os mesmo em uma situação de preparo,
entendimento e conhecimento democrático, onde neste momento, todos têm
condições através de seus conhecimentos de estruturarem boas práticas e
executarem suas tarefas ou projetos, até sem a ajuda de programas específicos.
E na sequência os programas podem incorporam, como uma forma de tornar ou
trabalho mais dinâmico, de forma a atender as necessidades internas das nossas
empresas ou de mercado, que normalmente demanda de informações em um curto
espaço de tempo.
O Gerente de “Programa”
Quem
nunca se deparou com alguém que se apoiava em demasia a este ou aquele
programa, esquecendo por vezes do mundo fora da tela, usando softwares sem
analisar se as pessoas com quem trabalha e que interage, têm domínio ou
conhecimento básico, para analisar ou lidar com a aquilo que é muitas vezes é imposto
para ser usado “hoje teremos que usar essa planilha para preencher e monitorar
as coisas”, passando muitas
vezes por uma situação a ponto de confiar cegamente no programa ou na
“planilha” criada, acreditando que a gestão destes, trará os resultados
esperados e promoverá o sucesso.
Gerentes de “Programa” dentro de empresas
estruturadas e que
buscam o sucesso, a vantagem competitiva, devem rever seus conceitos, afinal
gerir um projeto, desenvolver um produto é mais do que passar o dia criando
tabelas, gráficos, check list ou
executando softwares, só porque viram na internet ou tiveram a
informação que este ou aquele software faz tudo e mais um pouco e, partir
disto, tendem a impor a equipe, para todos passe a usar, sem muitas vezes
saberem como usar ou pior, sem saberem como aquilo pode trazer algum benefício para o trabalho, deixando
de lado o aspecto mais importante:
As interações e o entendimento das
pessoas. Além disso, acabam por não compartilhar conceitos básicos, para
que o que deveria gerar o benefício, não se transforme no acelerador de bobagem.
Sendo assim, o que nos fica de lição é que um
bom software, uma tecnologia de ponta, associado a postura
e compreensão de pessoas versus
o conhecimento, com certeza nos levará ao sucesso profissional, desde que a mesma
seja resguardada, assegurada, operada pela ferramenta mais completa do mundo: A
mente humana, mente esta que deve estar conecta constantemente aos melhores
conhecimentos e boas práticas profissionais.
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