quarta-feira, 27 de setembro de 2017

TECNOLOGIA X CONHECIMENTO: AMIGOS OU INIMIGOS?



A tecnologia já é algo totalmente incorporado as nossas vidas, seja através de equipamentos de ponta, como smartphones, TV inteligentes ou automóveis, como através de inúmeros programas (Softwares e Apps) que facilitam nossas rotinas diárias, desde o momento escolhermos uma simples comida para entrega em nossas casas, programas que nos ajudam com nossas atividades físicas, ou quando interagimos on-line compartilhando um pouco de nossas vidas e pensamentos com milhões de pessoas em nossas redes sociais, ou também no dia a dia de nossas empresas com uso de softwares de cálculo, comunicação, ou até planilhas que criamos com finalidades especificas. Em suma, em nossa época podemos dizer que somos pessoas privilegiadas por viver e lidar com tudo isto, pois chegamos a exemplos, onde é possível planejar, executar tarefas, a partir de poucos toques em nosso celular.
Entretanto, assim como a tecnologia pode nos ajudar, ela também pode acelerar erros de âmbito profissional, quando não conhecemos conceitos, princípios as práticas corretas.
Tomamos como exemplo um dos softwares mais usados na gestão de projetos, o MSProject. Tal software, nos permite, além de muitas outras funcionalidades, consolidar um grande planejamento do tempo e custos, com ótimos recursos para o controle de ambos, porém o mesmo se baseia em vários conceitos iniciais para montagem do planejamento, tais como: conhecimento de conceitos de dependências, paralelismo, compressão, espera, determinação de atividades, conhecimento de produtividade, recursos, custos unitários ou globais, etc. Ou seja, a operação do mesmo não se baseia apenas em conhecer o ícones, ou onde devemos clicar e acreditar que o programa faz todo o resto.
Assim como este, temos muitos outros exemplos, onde a falta de domínio dos conceitos básicos pode nos conduzir tanto a erros de ordem individual, como também a uma situação de propagação dos erros através da nossa falta de conhecimentos básicos na operação de ferramentas o que pode vir a prejudicar muitas áreas e pessoas.
Ricardo Vargas frisa este assunto muito bem em um dos seus Podcasts, https://ricardo-vargas.com/pt/podcasts/whenimplswtools/  quando diz: A planilha eletrônica para quem não conhece a matemática, pode ser um propagador da bobagem”.
O objetivo obviamente não é realizar críticas a nenhum programa ou ferramenta, mas sim destacar que este é um artificio para tornar nosso trabalho mais ágil e estruturado, mas que deve sempre estar amparado pelo conhecimento básico, e não na ilusão que agora que temos um software, seremos melhores e conseguiremos concluir nossas atividades ou até mesmo projetos, dentro do planejamento imaginado. Ainda é fácil nos deparamos com profissionais que acreditam que só com a inclusão de informações em um programa estão fazendo a gestão do projeto.
Gosto de usar um exemplo de sala de aula e também tomar ele como referência pessoal, onde quando trabalhamos com alunos e/ou profissionais com os conceitos e a base em primeiro lugar, estamos colocando os mesmo em uma situação de preparo, entendimento e conhecimento democrático, onde neste momento, todos têm condições através de seus conhecimentos de estruturarem boas práticas e executarem suas tarefas ou projetos, até sem a ajuda de programas específicos. E na sequência os programas podem incorporam, como uma forma de tornar ou trabalho mais dinâmico, de forma a atender as necessidades internas das nossas empresas ou de mercado, que normalmente demanda de informações em um curto espaço de tempo.

O Gerente de “Programa”
Quem nunca se deparou com alguém que se apoiava em demasia a este ou aquele programa, esquecendo por vezes do mundo fora da tela, usando softwares sem analisar se as pessoas com quem trabalha e que interage, têm domínio ou conhecimento básico, para analisar ou lidar com a aquilo que é muitas vezes é imposto para ser usado “hoje teremos que usar essa planilha para preencher e monitorar as coisas”, passando muitas vezes por uma situação a ponto de confiar cegamente no programa ou na “planilha” criada, acreditando que a gestão destes, trará os resultados esperados e promoverá o sucesso.  
Gerentes de “Programa” dentro de empresas estruturadas e que buscam o sucesso, a vantagem competitiva, devem rever seus conceitos, afinal gerir um projeto, desenvolver um produto é mais do que passar o dia criando tabelas, gráficos, check list ou executando softwares, só porque viram na internet ou tiveram a informação que este ou aquele software faz tudo e mais um pouco e, partir disto, tendem a impor a equipe, para todos passe a usar, sem muitas vezes saberem como usar ou pior, sem saberem como aquilo pode trazer algum benefício para o trabalho, deixando de lado o aspecto mais importante: As  interações e o entendimento das pessoas. Além disso, acabam por não compartilhar conceitos básicos, para que o que deveria gerar o benefício, não se transforme no acelerador de bobagem.
Sendo assim, o que nos fica de lição é que um bom software, uma tecnologia de ponta, associado a postura e compreensão de pessoas versus o conhecimento, com certeza nos levará ao sucesso profissional, desde que a mesma seja resguardada, assegurada, operada pela ferramenta mais completa do mundo: A mente humana, mente esta que deve estar conecta constantemente aos melhores conhecimentos e boas práticas profissionais.


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